sábado, 23 de abril de 2011

A verdadeira doutrina e os falsos mestres

  Parte7
Autor : Daniel J. de Souza        
A palavra aramaica “rabbei”, transliterada para o grego, é reconhecida explicitamente como a forma comum de tratamento para Cristo, em Mt 26:25 (contraste, porém, com o versículo 22, “kurios”); Mt 26:49; Mc 9:5 (mas em Mt 17:4, “kurios”).  Às vezes é traduzido por “rabi”, outras por “Senhor” Mt 23:7-8; Mt 26:25,49; Mc 9:5; Mc 11:21; Mc 14:45; Jo 1:38,49; Jo 3:2,26; Jo 4:31; Jo 6:25; Jo 9:2 e Jo 11:8.
           A forma rabbounei “raboni”, é encontrada em Mc 10:51 (“mestre”); Jo 20:16.  Diz-se que esse título é galileu; por conseguinte, seria natural nos lábios de uma mulher de Magdala.  Não se difere materialmente de “rabi”.

           e) “epistates” denota “chefe”, comandante, supervisor-mestre.  É usado pelos discípulos ao se dirigirem ao Senhor, em reconhecimento da Sua autoridade em vez da Sua instrução; só ocorre em Lc 5:5; Lc 8:24,45; Lc 9:33,49; Lc 17:13.  Na Septuaginta, consulte 2ºRs 25:19; 2ºCr 31:12; Jr 36:26 e Jr 52:25.

           A forma “epistata”, juntamente com o plebeu “didaskale” é sinônimo grego do último, e ambos remontam à palavra aramaica “rabbei”.  Jesus proibiu os discípulos que se permitissem ser chamados de “rabi”, com base em que só Ele era Mestre deles Mt 23:8.  Em referência a Si mesmo, a designação era expressiva da verdadeira relação entre eles.  Entretanto, a forma de tratamento “Bom Mestre”, Ele recusou que fosse usada Mc 10:17-18; na boca do locutor era mera lisonja insolente; o Senhor estava pouco disposto a permitir que quem que seja o tratasse irrefletidamente com tal epíteto; e aqui, como sempre, a honra devida ao Pai era a primeira consideração para com Ele.  A comunidade primitiva nunca se aventurou em chamar Jesus de “Nosso Mestre” depois que Ele foi exaltado ao trono de Deus.  O título “rabi” expressa a relação do discípulo para com o mestre, e caiu de uso; e só restou a designação “maran”, o reconhecimento apropriado do servo para com seu Senhor.   


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f) “kathegetes” “guia” (cognato de “kathegeomai” ir diante de, guiar; formado de “kata”, completamente, e “hegeomai” guiar, denota mestre, professor Mt 23:10, duas vezes; alguns manuscritos têm em Mt 23:8.

g) “kubernetes”, o piloto ou timoneiro de um navio, ou, metaforicamente, guia; ou governador (cognato de “kubernaõ”, guiar; em português, o verbo governar está relacionado; “kubernesis” direção, pilotagem, 1ºCo 12:28, governos, é traduzido em At 27:11 e Ap 18:17 por piloto.  Na Septuaginta, consulte Pv 23:34 e Ez 27:8,27 e 28.

           A palavra “mestre” no verbo Gr. Significa “katakurieuõ”, exercer o senhorio, assenhorear-se (formado de “kata”, para baixo sobre, e “kurios”, senhor), é encontrado em At 19:16, acerca da ação do espírito maligno sobre os filhos de Ceva.  Se a palavra “amphoterõn” fosse traduzida por seu significado primário, ambos, descreveria o incidente como só se referindo a dois indivíduos.  Contudo, já foi demonstrado que, no período do grego coiné, o termo “amphoteroi”, ambos, já não estava restrito a duas pessoas (daí a tradução da ARA, “todos”).

           Vamos comentar agora na medida do possível cada versículo.  Não deixe de usar sua Bíblia.

·      Os falsos mestres 1º Tm 1:1-7.
Introdução  - 1º Tm 1:1-3.
           1ºTm 1:1 – “Paulo, apóstolo de Cristo Jesus”  As cartas habitualmente iniciavam com o nome do autor.  “Apóstolo”, indica o caráter oficial da carta.  “Deus nosso Salvador”.  O termo “Salvador” não raramente se aplica à Deus Pai.  No Antigo Testamento, o sentido é Libertador.  Muitos deuses eram descritos como salvadores na antigüidade, mas o Antigo Testamento e a literatura judaica reservavam esse título para Deus de Israel Fp 3:20.
Continua amanha.
Deus te abençoe.
Ir Fausto W. Brasil
 retire suas duvidas com o autor jorgefisio@bol.com.br

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